7 de novembro de 2012

PROFESSORES DE CURSINHOS DISCORDAM DE GABARITO DO ENEM

Professores dos cursinhos Anglo e Objetivo discordavam no gabarito de nove questões. O Objetivo defendia o cancelamento dos testes 20 e 51 (caderno amarelo). Já o Anglo pedia a anulação do item 165 (caderno azul). As perguntas referem-se às provas de Ciências Humanas, Ciências da Natureza e matemática, respectivamente.
Na questão 20, sobre história, o aluno deveria analisar um mosaico e inferir qual característica política romana estava presente na figura. "Havia duas possibilidades de resposta correta", comenta o professor Daily de Matos Oliveira, do Objetivo. "As respostas sobre imperialismo e diversidade dos territórios poderiam ser consideradas corretas."
Já o item 51, sobre física, envolvia a densidade de um legume. Segundo o coordenador de física do Etapa, Alexandre Lopes Moreno, a diferença é que na pesquisa da internet mencionada na questão a densidade do legume é metade da densidade da água. O mesmo enunciado, entretanto, diz que o legume fica um terço para fora da água quando submerso. "Isso pode causar dúvida, porém o mais provável é que o aluno chegue à resposta correta", afirma o coordenador.
Para o Objetivo, a questão deveria ser cancelada. "Essa pergunta é totalmente furada", disse o professor Ricardo Helou Doca, de física. "O aluno que privilegiou a parte final do enunciado se deu mal."
Apesar de elogiar a qualidade da prova de matemática do Enem, o Anglo defendeu a anulação da questão 165 (caderno azul). Segundo o coordenador geral do cursinho, Luís Ricardo Arruda, o enunciado do teste deveria dizer que a pirâmide da figura é regular - desta maneira, segundo ele, a projeção do vértice E cairia no centro da base. "Como falta essa informação, a pergunta pode ter duas alternativas corretas: B ou C", diz Arruda. "As questões do Enem não são pré-testadas? Será que ninguém notou isso?"
Para ele, a resposta C é a mais correta "por intuição". "Mas em matemática isso não existe. Não podemos fazer concessão com o descaso dos examinadores", afirma o professor.

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