4 de maio de 2012

Operação Dublê: veja nomes e fotos dos prefeitos envolvidos; um deles continua foragido


 
A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou por telefone que pelo menos dois prefeitos estão presos, mas durante a entrevista coletiva, a informação foi retificada e foi confirmado que um prefeito estava foragido. Entre os políticos que foram encaminhados para prestar depoimento está José Edivan Félix (PR), prefeito do município de Catingueira. A reportagem entrou em contato com a esposa dele, Francinalva Félix, que confirmou o ocorrido, mas disse que não poderia fazer mais comentários sobre o caso. A sede da prefeitura também foi interditada pelos policiais federais para buscas de documentos.

O Portal Correio teve acesso aos nomes e as fotos dos prefeitos envolvidos na Operação Dublê, desencadeada nesta sexta-feira (4) pela Polícia Federal. Dois prefeitos estão sendo investigados pela PF: o prefeito de Catingueira e o de Cacimba de Areia, que não foi localizado pelos policiais federais.
Dos oito mandados de prisão expedidos, sete foram cumpridos. Dentre os presos, está o prefeito de Catingueira, José Edivan Félix (PR), além de dois secretários de finanças e um de cultura, dos dois municípios sertanejos.
Documentos apreendidos comprovam desvios de mais de R$ 5 milhões dos cofres federais com uso de notas fiscais frias.
Polícia Federal deflagra 'Operação Dublê' em várias cidades da Paraíba.

José Edivan Félix, prefeito de Catingueira, a 340 km de João Pessoa, está detido na sede da Polícia Federal de Patos, no Sertão da Paraíba.
José Edivan Félix
                                      José Edivan Félix - prefeito de Catingueira (Foto: internet) 
 

Betinho Campos
Betinho Campos, prefeito de Cacimba de Areia (Foto: internet)

 Já Betinho Campos, prefeito de Cacimba de Areia, a 321 km da Capital, continua foragido.
As informações foram dadas pelo superintendente da Polícia Federal em Patos, Marcello Diniz Cordeiro, durante entrevista coletiva.
O esquema pode atuar em pelo menos 91 cidades. Viaturas da PF foram vistas em Patos, São Bento, Catolé do Rocha, Riacho dos Cavalos, Diamante, São Mamede e Campina Grande.
A operação teve como objetivo apreender documentos e prender integrantes do esquema, que usava as notas fiscais fornecidas pelo escritório de contabilidade Iramilton Sátiro Assessoria & Projetos, com sede na avenida Coremas, em João Pessoa.
Como funcionava o esquema
As notas seriam apresentadas ao Governo Federal, na tentativa de comprovar gastos com obras e serviços nas áreas de saúde, educação, ação social, desenvolvimento rural e infra-estrutura urbana.
Segundo a PF, o esquema tinha o seguinte modus operandi: prefeitos recebiam os recursos de diversos programas federais, sacam das tesourarias dos municípios para uso próprio e posteriormente, para comprovar sua aplicação, montavam processos de licitação e empenhavam notas fiscais clonadas.
As cidades chamaram atenção do Tribunal de Contas do Estado que promoveu fiscalização após constatar saldo a descoberto na tesouraria em valor superior a um milhão de reais.


Portal TV Correio

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