18 de fevereiro de 2013

OPERAÇÃO COMBATE COMÉRCIO ILEGAL DE EXPLOSIVOS NA PB

Espoletas de detonação, nitron para produzir dinamite e armas apreendidas (Foto: Rafael Melo/TV Paraíba)

Uma operação conjunta da Polícia Civil com o Ministério Público da Paraíba cumpre, na manhã desta segunda-feira (18), três mandados de busca e apreensão para combater o comércio irregular de explosivos no estado e no Rio Grande do Norte. As informações preliminares são de que duas pessoas foram detidas e 25kg de explosivos apreendidos. Segundo as investigações, a dinamite era vendida em mineradoras e garimpos para grupos criminosos especializados em explosões de agências bancárias.

Garimpeiro vende explosivos no interior da Paraíba (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
De acordo com o Ministério Público, os mandados foram cumpridos no Junco do Seridó e em Lagoa de Dentro, na Paraíba, e em um município do interior do Rio Grande do Norte. Uma entrevista coletiva deve acontecer nesta manhã desta segunda-feira, na sede da 2ª Delegacia da Polícia Civil de Campina Grande.



Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão em Lagoa de Dentro, no Agreste paraibano, a operação prendeu em flagrante um homem que indicou onde era realizada a distribuição dos explosivos, levando a Polícia Civil a realizar mais uma prisão, desta vez no município de Pedra Lavrada, no Seridó do estado.



Conforme o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba, este ano já foram registradas seis explosões em agências bancárias no estado. A última aconteceu no último sábado (16), em Queimadas, na região do Agreste. No ano passado, foram 29 explosões. Em 2011, foram 38 ataques do tipo, segundo o sindicato.



Segundo reportagem especial veiculada na Rede Globo na noite deste domingo (17), a região mineradora na região do Seridó paraibano realiza o comércio de explosivos a preços baixos. Com uma câmera escondida, o produtor da TV Paraíba conseguiu comprar 25 quilos de dinamite a R$ 260. Nas imagens, o suposto vendedor afirma que a quantidade de explosivos é suficiente para praticar cerca de 100 explosões.



O Exército, responsável por fiscalizar a fabricação, o comércio e o uso de explosivos, informou que no ano passado, pouco mais da metade das 1.070 empresas que têm autorização para usar explosivos foi fiscalizada. Ainda segundo o Exército, no ano passado foram registrados 60 casos de extravio de explosivos.



“Em 2012 foram realizadas 450 vistorias em empresas diferentes, 450 vistoriadas em todo o Brasil. Vistorias aonde o fiscal vai no depósito, vistorias para verificar indícios de irregularidades, vistorias realizadas para concessão, para revalidação: se a gente somar tudo isso, vai dar mais de 50%”, diz Achiles Santos Jacinto Filho, assessor da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Comando do Exército.

G1 PB

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